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Conhecidos pelo mau humor, garçons franceses são elogiados por público brasileiro durante Olimpíadas

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“Diga ‘bonjour’”; “Aguarde antes de pegar uma mesa”; “Pergunte se o garçom fala inglês”. Essas são algumas recomendações encontradas em roteiros turísticos sobre Paris e viralizadas nas redes sociais. Afinal, os garçons da capital não têm a fama de serem lá muito simpáticos, e quem já passou pela cidade tem sempre uma dica para evitar os problemas de atendimento em restaurantes. No entanto, os brasileiros ouvidos pela reportagem da RFI dizem que notaram uma mudança nos serviços e que, sim, estão sendo muito bem tratados.

A gastronomia francesa é conhecida como uma das melhores do mundo, mas o mesmo não pode se dizer dos garçons dos famosos bistrôs e brasseries de Paris. Os profissionais que atuam em bares e restaurantes da capital francesa têm a fama de serem “râleurs”, em português, rabugentos. Tanto que, preocupados com essa má reputação durante os Jogos Olímpicos, diversos estabelecimentos, instituições e até monumentos turísticos vêm realizando uma série de ações para melhorar o atendimento ao público. E tudo indica que a campanha vem surtindo efeito.

Enzo é um turista de São Paulo, que veio a Paris acompanhar as Olimpíadas. Devidamente uniformizados com camisas do Brasil, bandeira e adereços, ele e uma amiga almoçavam em uma boulangerie próximo à arena do vôlei, onde foram assistir ao jogo da equipe masculina do Brasil contra a Polônia.

“A gente estava um pouco apreensivo, mas aparentemente, até o momento, foi tudo bem tranquilo. Eu falo francês, então não sei se essa abordagem faz com que eles sejam um pouco mais simpáticos. Por enquanto, tudo está correndo super bem. Ontem fomos em um restaurante, o atendente foi muito simpático. Às vezes tem um pouco de confusão na hora de pedir, porque a gente não entende o que está no cardápio, mas o atendimento foi tranquilo. Não é como em São Paulo, que é uma cidade conhecida pelo atendimento, mas aqui foi nota 10”, comentou.

Já a carioca Larissa, que atualmente mora em Pisa, na Itália, disse que está tendo dificuldades com a questão da língua, já que muitos atendentes não falam inglês. Mas mesmo assim, segundo ela, estão todos sendo muito receptivos e com vontade de ajudar.

Chopp gelado

Em Porte de Versailles, onde estão acontecendo as disputas do handebol, vôlei, halterofilismo e tênis de mesa, os bares e restaurantes têm ficado cheios durante todo o dia. Nesta terça-feira (31), com a temperatura acima dos 30ºC, não foi difícil encontrar brasileiros apreciando um chopp gelado após as partidas.

Isabela e Marcele, duas amigas do Rio de Janeiro, estão em Paris há cerca de uma semana e não tiveram problemas para serem atendidas pelos profissionais franceses, mas elas acreditam que pode melhorar.

“Está melhor do que já foi, mas não está bom ainda não. Não tenho sido maltratada, o que já é um bom negócio, mas não é o melhor serviço de todos. Mas da última vez que eu vim para agora, achei as pessoas mais simpáticas”, disse Isabela.

Para Marcele, os atendentes estão se esforçando. “Eu percebo que eles estão se esforçando para serem mais simpáticos. Nós, do Brasil, estamos acostumados a um atendimento mais caloroso, mas eu não fui maltratada de forma alguma. É uma coisa bem burocrática, mais formal”, comentou.

“O que importa é a comida e não o garçom”

Um estudo europeu, realizado de dois em dois anos pela Travelsat, com base em questionários, destaca que o índice de satisfação global dos viajantes aumentou e os pontos que antes eram mais sensíveis, como transportes e táxis, estão menos problemáticos em Paris.

No entanto, na pesquisa da Travelsat, a França teve uma classificação mais baixa do que os outros países em termos de relação qualidade/preço, especialmente no setor de bares e restaurantes. A percepção do acolhimento aos turistas também continua sendo inferior à média europeia.

As diferenças culturais acabam sendo recebidas de forma negativa por muitos visitantes, mas não surpreendem o carioca Sérgio, que já tinha visitado Paris em outras ocasiões antes dos Jogos Olímpicos e se diz “acostumado”.

“A gente conhece bem, a gente vem de vez em quando para Paris. É preciso saber levar. Eles não têm muita paciência com turista, e agora eles estão lidando praticamente só com turistas. Mas dá para levar, o que importa é a comida e não o garçom”, brincou.

“Eles estão contentes e nós também”

Conscientes dos desafios, várias organizações aproveitaram os Jogos Olímpicos para lançar cursos de formação para atendimento ao público. A Alliance France Tourisme, por exemplo, desenvolveu um módulo gratuito que pode ser acompanhado online, com o objetivo de formar garçons, policiais e recepcionistas. Já a Atout France, agência governamental responsável pela promoção do turismo, preparou vídeos destinados aos profissionais do turismo, que descrevem o comportamento de cada nacionalidade, com o objetivo de oferecer um acolhimento consciente das diferenças culturais.

O garçom Cyril trabalha há 30 anos no segmento de restaurantes em Paris. Enquanto servia um café para um grupo de torcedores, ele contou que o bar onde trabalha não fez nenhuma preparação especial para atender os visitantes dos Jogos Olímpicos, mas que tudo tem corrido da melhor forma possível.

“Eles estão contentes e nós também. Tudo se passa muito bem e não tivemos nenhum tipo de problema até agora”, afirmou.

Élodie, que acolhe os clientes em um café no Boulevard Victor, no 15º distrito de Paris, também elogiou o momento de confraternização vivido na capital francesa e disse que tudo tem funcionado muito bem.

“É um clima muito bom e tudo tem se passado muito bem. Paris é uma cidade turística e nós já estamos acostumados a receber muitos turistas de maneira geral”, contou ela, que também explicou que não foi recebida nenhuma orientação especial para atendimento do público durante os jogos.

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“Diga ‘bonjour’”; “Aguarde antes de pegar uma mesa”; “Pergunte se o garçom fala inglês”. Essas são algumas recomendações encontradas em roteiros turísticos sobre Paris e viralizadas nas redes sociais. Afinal, os garçons da capital não têm a fama de serem lá muito simpáticos, e quem já passou pela cidade tem sempre uma dica para evitar os problemas de atendimento em restaurantes. No entanto, os brasileiros ouvidos pela reportagem da RFI dizem que notaram uma mudança nos serviços e que, sim, estão sendo muito bem tratados.

A gastronomia francesa é conhecida como uma das melhores do mundo, mas o mesmo não pode se dizer dos garçons dos famosos bistrôs e brasseries de Paris. Os profissionais que atuam em bares e restaurantes da capital francesa têm a fama de serem “râleurs”, em português, rabugentos. Tanto que, preocupados com essa má reputação durante os Jogos Olímpicos, diversos estabelecimentos, instituições e até monumentos turísticos vêm realizando uma série de ações para melhorar o atendimento ao público. E tudo indica que a campanha vem surtindo efeito.

Enzo é um turista de São Paulo, que veio a Paris acompanhar as Olimpíadas. Devidamente uniformizados com camisas do Brasil, bandeira e adereços, ele e uma amiga almoçavam em uma boulangerie próximo à arena do vôlei, onde foram assistir ao jogo da equipe masculina do Brasil contra a Polônia.

“A gente estava um pouco apreensivo, mas aparentemente, até o momento, foi tudo bem tranquilo. Eu falo francês, então não sei se essa abordagem faz com que eles sejam um pouco mais simpáticos. Por enquanto, tudo está correndo super bem. Ontem fomos em um restaurante, o atendente foi muito simpático. Às vezes tem um pouco de confusão na hora de pedir, porque a gente não entende o que está no cardápio, mas o atendimento foi tranquilo. Não é como em São Paulo, que é uma cidade conhecida pelo atendimento, mas aqui foi nota 10”, comentou.

Já a carioca Larissa, que atualmente mora em Pisa, na Itália, disse que está tendo dificuldades com a questão da língua, já que muitos atendentes não falam inglês. Mas mesmo assim, segundo ela, estão todos sendo muito receptivos e com vontade de ajudar.

Chopp gelado

Em Porte de Versailles, onde estão acontecendo as disputas do handebol, vôlei, halterofilismo e tênis de mesa, os bares e restaurantes têm ficado cheios durante todo o dia. Nesta terça-feira (31), com a temperatura acima dos 30ºC, não foi difícil encontrar brasileiros apreciando um chopp gelado após as partidas.

Isabela e Marcele, duas amigas do Rio de Janeiro, estão em Paris há cerca de uma semana e não tiveram problemas para serem atendidas pelos profissionais franceses, mas elas acreditam que pode melhorar.

“Está melhor do que já foi, mas não está bom ainda não. Não tenho sido maltratada, o que já é um bom negócio, mas não é o melhor serviço de todos. Mas da última vez que eu vim para agora, achei as pessoas mais simpáticas”, disse Isabela.

Para Marcele, os atendentes estão se esforçando. “Eu percebo que eles estão se esforçando para serem mais simpáticos. Nós, do Brasil, estamos acostumados a um atendimento mais caloroso, mas eu não fui maltratada de forma alguma. É uma coisa bem burocrática, mais formal”, comentou.

“O que importa é a comida e não o garçom”

Um estudo europeu, realizado de dois em dois anos pela Travelsat, com base em questionários, destaca que o índice de satisfação global dos viajantes aumentou e os pontos que antes eram mais sensíveis, como transportes e táxis, estão menos problemáticos em Paris.

No entanto, na pesquisa da Travelsat, a França teve uma classificação mais baixa do que os outros países em termos de relação qualidade/preço, especialmente no setor de bares e restaurantes. A percepção do acolhimento aos turistas também continua sendo inferior à média europeia.

As diferenças culturais acabam sendo recebidas de forma negativa por muitos visitantes, mas não surpreendem o carioca Sérgio, que já tinha visitado Paris em outras ocasiões antes dos Jogos Olímpicos e se diz “acostumado”.

“A gente conhece bem, a gente vem de vez em quando para Paris. É preciso saber levar. Eles não têm muita paciência com turista, e agora eles estão lidando praticamente só com turistas. Mas dá para levar, o que importa é a comida e não o garçom”, brincou.

“Eles estão contentes e nós também”

Conscientes dos desafios, várias organizações aproveitaram os Jogos Olímpicos para lançar cursos de formação para atendimento ao público. A Alliance France Tourisme, por exemplo, desenvolveu um módulo gratuito que pode ser acompanhado online, com o objetivo de formar garçons, policiais e recepcionistas. Já a Atout France, agência governamental responsável pela promoção do turismo, preparou vídeos destinados aos profissionais do turismo, que descrevem o comportamento de cada nacionalidade, com o objetivo de oferecer um acolhimento consciente das diferenças culturais.

O garçom Cyril trabalha há 30 anos no segmento de restaurantes em Paris. Enquanto servia um café para um grupo de torcedores, ele contou que o bar onde trabalha não fez nenhuma preparação especial para atender os visitantes dos Jogos Olímpicos, mas que tudo tem corrido da melhor forma possível.

“Eles estão contentes e nós também. Tudo se passa muito bem e não tivemos nenhum tipo de problema até agora”, afirmou.

Élodie, que acolhe os clientes em um café no Boulevard Victor, no 15º distrito de Paris, também elogiou o momento de confraternização vivido na capital francesa e disse que tudo tem funcionado muito bem.

“É um clima muito bom e tudo tem se passado muito bem. Paris é uma cidade turística e nós já estamos acostumados a receber muitos turistas de maneira geral”, contou ela, que também explicou que não foi recebida nenhuma orientação especial para atendimento do público durante os jogos.

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